Notas da semana - especial Copa do Mundo

Vai ter Copa, aliás, já está acontecendo (pra car@!%*). O maior evento do futebol está fazendo o brasileiro pirar (seja pelo bem ou pelo mal). E então, selecionamos o que chamou a atenção nessa primeira semana.

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O digassi di passagi vai para... Bom, muitos esperavam que os estádios não estivessem prontos (alguns não estão mesmo), as obras de infraestrutura (ou a falta de), o pessimismo sempre latente nosso (o brasileirinho médio, como diria Mauro Cézar Pereira na ESPN). Até agora nenhuma reclamação. Poderia falar da vaia à Dilma (que é muito dúbia, um misto de "lavação de alma" com descontentamento de elite), mas quero fugir disso, ainda mais agora chegando eleições.
E então, o que criticar?
A torcida brasileira.



Olha, nós temos a oportunidade de sediar uma Copa depois de 64 anos (e depois disso, sabe-se lá quando é que veremos ela por essas paragens). Cada ano, a torcida de cada país inovava com algo, como a da África do Sul com as vuvuzelas. OK, não precisamos tanto de instrumentos barulhentos como aquele, mas realmente precisa de ficar cantando apenas "Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor"??? Caramba, somos um povo criativo, zoeiro, cabe a nós trazermos outros cânticos de apoio; apesar de ver que o problema é que alguns destes torcedores nunca foram em estádio ou realmente não são tão ligados com futebol, exceto em Copa. Mas dá pra criar ainda, tem tempo.

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E o Rafarillo de hoje tá aos borbotões. Tanta coisa boa que tinha que escolher algo. E preferi escolher, talvez, o mais inútil: os resultados dessa primeira semana de campeonato.

Müller ao lado de Khedira, depois do quarto gol em cima de Portugal: "O mais difícil foi comer acarajé nesse calor antes do jogo"

Foi um verdadeiro espetáculo de escores: 5 viradas de placares (cada uma mais espetacular que outra), 12 jogos com placares de 3 a mais gols, um empatezinho mixuruca até então, duas sonoras goleadas em clássicos (Casillas que o diga). Isso deixa o torcedor mal-acostumado. 
Eu não sei bem dizer o porquê disso. Muitos dizem que o clima brasileiro inspirou os jogadores; outros são mais técnicos, dizendo que montagem da tabela é que trouxe mais jogos atraentes na fase de grupos, ocasionando mais espetáculo. Por incrível que pareça, até jogo que você achava que ia ser uma bosta, não foi (exceto Nigéria vs Irã, o ponto fora da escrita). E as surpresas estão aí; ganha a competição com mais emoção, ganha o torcedor. Ganha a FIFA também, que vai encher os bolsos de grana.

É isso, vamos aguardar mais, porque essa Copa promete, ah, se promete!

Filipe

Mais clubista que eu, só dois de mim.